A deputada Maria do Rosário (PT-RS) se destacou como a única parlamentar governista a confrontar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara durante a análise do processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e presa na Itália desde 29 de julho. Na sessão realizada na terça-feira, os membros da comissão, presidida pelo deputado Paulo Azi (União-BA), ouviram depoimentos de Zambelli e do hacker Walter Delgatti, que também está preso e é apontado como cúmplice na invasão do sistema do CNJ.
Maria do Rosário criticou a decisão da CCJ de reabrir o debate sobre a cassação, afirmando que a comissão deveria apenas homologar a decisão do Supremo Tribunal Federal, que já transitou em julgado. A deputada enfatizou que Zambelli não tem mais como recorrer da condenação e que a audiência representa uma manobra golpista, ressaltando a gravidade dos crimes pelos quais Zambelli foi condenada. Durante a audiência, Maria do Rosário se envolveu em discussões acaloradas com oposicionistas, defendendo a proteção da democracia e das instituições brasileiras.
As declarações de Maria do Rosário refletem uma preocupação crescente entre os parlamentares sobre o impacto das ações de Zambelli e suas implicações para a democracia no Brasil. A situação levanta questões sobre o papel da CCJ e a necessidade de um posicionamento claro em relação a figuras políticas condenadas que ainda buscam influência no cenário legislativo. O desdobramento deste caso poderá influenciar as dinâmicas políticas na Câmara dos Deputados e a percepção pública sobre a integridade das instituições democráticas.