Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi assassinado a tiros de fuzil em uma emboscada em Praia Grande no dia 15 de setembro de 2025. A investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) revelou que Fontes era um dos três alvos de uma ordem de execução dada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), após sua transferência para o sistema prisional federal em 2019. Na época, uma carta encontrada com um aliado da facção indicava a determinação de eliminar Fontes como retaliação às ações do governo paulista contra o PCC.
A transferência de Marcola e outros líderes do PCC para presídios federais foi parte de uma estratégia do governo paulista e do Ministério da Justiça, então sob a liderança de Sergio Moro. O assassinato de Fontes não apenas destaca a persistente ameaça representada pelo crime organizado, mas também levanta questões sobre a segurança dos policiais e a eficácia das medidas adotadas para combater o PCC. Em 2023, uma operação policial já havia desmantelado um plano para sequestrar e assassinar Moro, evidenciando a extensão da retaliação do PCC contra autoridades.
As implicações desse crime são profundas, refletindo a fragilidade da segurança pública em São Paulo e o poder que facções criminosas ainda exercem sobre o sistema. A morte de Fontes pode desencadear novas investigações e ações por parte das autoridades, além de intensificar o debate sobre a necessidade de estratégias mais eficazes para enfrentar o crime organizado no Brasil. A situação exige atenção redobrada das forças de segurança e um comprometimento renovado na luta contra a criminalidade organizada.