No último domingo, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) foi o cenário de uma manifestação que levantou questões sobre a mobilização social em torno de um projeto de país. A multidão, composta por diversos grupos, expressou sua insatisfação com gritos de ordem, destacando a predominância do lema “Sem Anistia”. Essa realidade remete a movimentos anteriores, como os de 2013, que evidenciam a facilidade em reunir pessoas contra algo, em contraste com a dificuldade de articular um consenso em torno de propostas positivas.
As reivindicações emergentes da manifestação refletem um desejo coletivo por mudanças significativas, como a reforma trabalhista que busca restaurar direitos e uma reforma tributária que priorize a taxação dos super-ricos. Além disso, há um clamor por maior regulação das redes sociais para combater conteúdos nocivos e garantir transparência nos algoritmos. Essas pautas, embora históricas e exaustivas, continuam a ser essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Entretanto, o cenário político atual apresenta desafios significativos. A recente queda da PEC da Blindagem no Senado e o avanço do PL da Anistia indicam um ambiente legislativo complexo, onde acordos entre diferentes grupos políticos são necessários para viabilizar propostas. A mobilização nas ruas se torna crucial para pressionar por mudanças e garantir que as vozes da sociedade civil sejam ouvidas em meio às negociações políticas.