Nesta segunda-feira, mães das vítimas da Chacina de Acari, ocorrida em julho de 1990, se reúnem com integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O encontro tem como objetivo discutir o cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o Estado brasileiro pelo desaparecimento forçado de onze jovens, até hoje não encontrados. As vítimas, todos moradores da comunidade de Acari, no Rio de Janeiro, foram sequestradas por um grupo de extermínio conhecido como “Cavalos Corredores”.
O caso, que envolve a morte de Wallace Souza do Nascimento, Hedio Nascimento, Luiz Henrique da Silva Euzebio, entre outros, representa uma grave violação dos direitos humanos. O processo penal para apurar os crimes foi arquivado em 2011 por falta de provas e prescrição, e a ação civil para reparação foi também encerrada em 2015. A reunião com o CNJ é um passo importante na busca por justiça e reconhecimento das atrocidades cometidas contra essas famílias.
A discussão no CNJ pode ter implicações significativas para a responsabilização do Estado e para a promoção de políticas públicas que visem prevenir novas violências. A luta das mães das vítimas não apenas clama por justiça individual, mas também busca garantir que casos como o da Chacina de Acari não sejam esquecidos e que os direitos humanos sejam respeitados no Brasil. A pressão internacional e as decisões da Corte Interamericana podem influenciar mudanças nas práticas judiciais e na proteção dos cidadãos.