Em meio a crescentes tensões com os Estados Unidos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira (3) que os venezuelanos são ‘guerreiros’ quando se trata de defender sua terra e seus direitos. As declarações de Maduro surgem um dia após os EUA anunciarem a destruição de uma embarcação que, segundo Washington, estava carregada de drogas e ligada à organização criminosa Tren de Aragua, resultando em 11 mortes. O governo venezuelano minimizou o incidente, alegando que o vídeo do ataque foi manipulado por inteligência artificial, o que foi rejeitado por Washington.
Durante um ato em homenagem à China, Maduro criticou o que chamou de ‘investida’ do imperialismo, sem mencionar diretamente o ataque. Ele reafirmou a determinação da Venezuela em permanecer firme diante das ameaças externas e destacou a importância da relação com Pequim, rival político dos EUA. A cerimônia também marcou o 80º aniversário da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial e incluiu a inauguração de uma praça em homenagem à China.
As relações entre Venezuela e Estados Unidos têm se deteriorado nos últimos meses, com acusações mútuas sobre narcotráfico e migração. Recentemente, Washington aumentou a recompensa por informações que levem à captura de Maduro para US$ 50 milhões, uma medida criticada por Caracas. A situação continua a gerar preocupações sobre a estabilidade na região e as possíveis repercussões de um conflito mais amplo entre os dois países.