O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou reservistas, milicianos e jovens alistados a comparecerem em quartéis de todo o país neste fim de semana para treinamentos de tiro. A medida ocorre em meio a crescentes tensões com os Estados Unidos, que enviaram oito navios para o sul do Caribe, alegando manobras contra o tráfico internacional de drogas. Durante um ato transmitido pela televisão estatal na sexta-feira (12), Maduro afirmou que todos os venezuelanos que se alistaram devem receber treinamento militar para a defesa da pátria.
O treinamento será focado em técnicas militares e no uso de armamento, refletindo a postura defensiva do governo venezuelano. Maduro também ordenou o envio de pelo menos 25 mil efetivos das forças armadas para estados fronteiriços com a Colômbia e o Caribe, além de convocar cidadãos para se alistarem na Milícia Bolivariana. Ele destacou que as forças armadas estão mobilizadas para garantir o direito à paz e a defesa do país.
A Milícia Bolivariana conta com cerca de 212 mil efetivos, embora especialistas estimem que apenas 30 mil estejam bem treinados. A convocação de Maduro ocorre em um contexto de crescente militarização e retórica belicosa, levantando preocupações sobre um possível conflito militar com os Estados Unidos. O presidente, em um discurso inflamado, pediu à população que se prepare para defender a nação diante do que considera uma ameaça externa.