O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que as comemorações de Natal no país serão antecipadas para 1º de outubro, uma decisão que se repete pelo segundo ano consecutivo. Durante um programa na emissora estatal VTV, Maduro afirmou que a medida visa proporcionar felicidade aos venezuelanos, que enfrentam um cenário de dificuldades. O anúncio foi feito em meio a um aumento das tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos, que deslocaram navios de guerra para a região do Caribe.
A antecipação das festividades natalinas ocorre em um contexto de escalada nas relações entre os dois países, com os EUA justificando sua presença militar como parte de uma operação contra o narcoterrorismo. Maduro, por sua vez, considera essa movimentação uma ameaça e mobiliza suas forças armadas em resposta. A situação é ainda mais complexa, pois analistas apontam que a frota americana pode estar se preparando para uma intervenção militar, o que gera incertezas sobre o futuro da estabilidade na região.
As implicações dessa decisão vão além das festividades; a antecipação do Natal pode ser vista como uma estratégia do governo venezuelano para desviar a atenção da população das crises internas e das pressões externas. Enquanto isso, a retórica belicosa entre os dois países continua a aumentar, com os EUA oferecendo recompensas por informações sobre Maduro e Caracas se preparando para possíveis confrontos. O cenário atual levanta questões sobre a segurança e a soberania da Venezuela em um momento crítico de sua história.