O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira, 1º de setembro, que ‘declararia constitucionalmente uma república em armas’ caso o país fosse atacado pelas forças que os Estados Unidos deslocaram para o Caribe. A ampliação da presença naval americana na região, anunciada por Washington como uma medida contra cartéis de drogas, não inclui incursões terrestres, mas Caracas já enviou tropas para a costa e fronteira com a Colômbia, convocando cidadãos a integrarem milícias civis. Maduro denunciou a presença de ‘oito navios militares com 1.200 mísseis e um submarino’ como uma ameaça ‘extravagante e injustificável’, reafirmando a máxima prontidão para a defesa da Venezuela.
Durante a coletiva, o presidente também se declarou vencedor da eleição de 2024, não reconhecida por diversos países, e criticou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chamando-o de ‘senhor da guerra’. O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, citou um relatório da ONU que contradiz as alegações dos EUA sobre o tráfico de drogas pela Venezuela, alertando que um ataque militar significaria uma desestabilização completa da região. Maduro enfatizou que uma ofensiva militar norte-americana mancharia as mãos de Trump ‘com sangue’.