O presidente da França, Emmanuel Macron, está em busca de um novo primeiro-ministro após a destituição de François Bayrou, que foi derrotado em um voto de confiança parlamentar por 364 a 194. A renúncia de Bayrou, marcada para esta terça-feira (9), ocorre em meio a planos orçamentários impopulares que geraram forte oposição. O próximo premiê terá a difícil tarefa de unir o parlamento e aprovar um orçamento em um contexto de déficit elevado e crescente insatisfação popular.
A situação política na França se agrava, com a ultradireita e partidos de esquerda reivindicando maior participação no governo. O ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, é um dos nomes cogitados para suceder Bayrou, enquanto os socialistas clamam por uma mudança de liderança. A instabilidade política já afeta a confiança econômica, com empresas alertando sobre os impactos negativos nos investimentos e contratações.
Além disso, o país se prepara para protestos programados sob o lema “Vamos Bloquear Tudo”, que ecoam os tumultos dos “Coletes Amarelos” de 2018-2019. Com 80 mil policiais mobilizados, as autoridades temem tentativas de bloqueio em estradas e estações de trem. Os manifestantes expressam a necessidade de mudanças significativas na liderança do país, colocando mais pressão sobre Macron em um momento crítico.
