O presidente francês Emmanuel Macron nomeou Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025. Lecornu, que é ministro da Defesa e tem 39 anos, é um aliado de longa data de Macron, tendo apoiado sua campanha presidencial no primeiro mandato. Com essa escolha, Lecornu se torna o sétimo premiê de Macron e o quinto em seu segundo mandato, sucedendo François Bayrou, que renunciou após perder um voto de confiança na tentativa de aprovar o orçamento.
A nomeação de Lecornu ocorre em um contexto de instabilidade política e econômica na França, onde o endividamento do país atinge 114% do PIB. O novo primeiro-ministro terá como principal desafio a aprovação do orçamento para 2026, uma tarefa que já havia custado o cargo a Bayrou, que defendia cortes significativos nos gastos públicos. A situação econômica atual, marcada por descontentamento popular, pode complicar ainda mais a governabilidade, especialmente com a possibilidade de depender do apoio do Reagrupamento Nacional, partido de Marine Le Pen.
As implicações dessa escolha são significativas, pois a decisão de Macron pode afastar partidos de esquerda do governo, aumentando a dependência do apoio da direita para garantir uma maioria no Parlamento. A crítica de Jordan Bardella, líder do Reagrupamento Nacional, ressalta a tensão política em torno das políticas econômicas que têm sido implementadas nos últimos anos. Lecornu terá que navegar por um cenário desafiador para implementar as propostas econômicas pró-mercado defendidas por Macron.