Em 9 de setembro de 2025, o presidente francês Emmanuel Macron nomeou Sébastien Lecornu, um aliado político e membro da coalizão centrista Renascimento, como novo primeiro-ministro. A decisão ocorre em um momento de instabilidade política, após a destituição de François Bayrou, que ocupou o cargo por nove meses e enfrentou resistência em suas propostas de cortes de gastos. Lecornu, que já foi ministro da Defesa, é visto como uma escolha que reafirma a agenda econômica de Macron, focada em reformas pró-negócios.
A nomeação de Lecornu desafia as expectativas de que Macron poderia optar por um candidato da esquerda, que detém a maioria na Assembleia Nacional. Com apenas 39 anos, Lecornu representa uma continuidade das políticas econômicas do governo, que incluem redução de impostos para empresas e aumento da idade de aposentadoria. No entanto, essa escolha pode alienar o Partido Socialista e aumentar a dependência do governo em relação à extrema direita de Marine Le Pen para a aprovação de reformas essenciais.
A prioridade imediata do novo primeiro-ministro será negociar o orçamento para 2026, uma tarefa que já havia sido problemática para seu antecessor. A resistência tanto da esquerda quanto da extrema direita pode dificultar a implementação de cortes necessários para reduzir o déficit fiscal. Enquanto isso, protestos e greves estão programados em todo o país, refletindo a insatisfação popular com possíveis cortes no estado de bem-estar social francês.