O presidente da França, Emmanuel Macron, está novamente sob forte pressão política após a votação no Parlamento que resultou na queda de seu quarto primeiro-ministro, François Bayrou, nesta segunda-feira (8). A insatisfação com a proposta de Orçamento do governo, que inclui cortes de 44 bilhões de euros, e o aumento da dívida pública para 113,9% do PIB contribuíram para essa turbulência. O gabinete de Macron anunciou que um novo premiê será nomeado nos próximos dias.
A crise se aprofunda em um contexto de um Parlamento dividido e polarizado, com a oposição exigindo a renúncia de Macron e a dissolução do Parlamento para convocar eleições antecipadas. Bayrou prometeu apresentar sua renúncia ao presidente nesta terça-feira (9), mas há a possibilidade de que permaneça no cargo interinamente. O novo primeiro-ministro enfrentará o mesmo desafio que seu antecessor: equilibrar as finanças francesas e aprovar o Orçamento.
A queda de Bayrou provocou reações nas ruas, com o movimento popular Bloquons Tout planejando protestos em todo o país no dia 10 de setembro. Greves e manifestações foram convocadas por sindicatos para o dia 18 de setembro, evidenciando a crescente insatisfação popular e a pressão sobre o governo. A escolha do novo premiê será crucial para determinar os próximos passos da administração Macron em meio a um cenário político conturbado.