O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da reunião de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas na próxima terça-feira, 23, em Nova York, nos Estados Unidos, em um momento de crise nas relações com o presidente Donald Trump. Em julho, o republicano anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação em uma tentativa de golpe. Além disso, Trump sancionou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por supostas violações à liberdade de expressão.
Lula criticou as ações unilaterais de Trump em um artigo publicado no The New York Times, onde destacou que o Brasil não se submeterá a negociações desiguais. Ele também enfatizou a importância do multilateralismo como solução para disputas comerciais e políticas. O presidente brasileiro participará ainda da Cúpula do Clima no dia 24, onde fará um discurso sobre as emissões de gases de efeito estufa e a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém, no Pará.
As tensões entre Lula e Trump refletem um cenário complexo nas relações internacionais, especialmente após a condenação de Bolsonaro por crimes relacionados ao golpe de Estado. Enquanto Lula defende a soberania e a democracia brasileiras, Trump parece manter uma postura agressiva em relação ao Brasil. A viagem de Lula aos EUA pode ser um momento crucial para redefinir as relações bilaterais e abordar questões globais urgentes como as mudanças climáticas.