Na última semana, o presidente Lula do Brasil anunciou a intenção de acionar a Lei da Reciprocidade em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos. No entanto, após reações adversas do mercado e preocupações sobre as consequências, ele recuou e decidiu aguardar novas análises antes de prosseguir com a medida. Essa situação levanta questões sobre a dificuldade do Brasil em estabelecer um canal de negociação com o governo Trump, especialmente diante das condições que envolvem o julgamento de Bolsonaro e a liberdade de atuação das Big Techs.
A confusão em torno das negociações se intensificou quando Lula recebeu uma carta direta de Trump, que incluiu exigências que contradizem as bandeiras do governo brasileiro. Com países como China, Canadá e Japão já tendo negociado com os EUA, a pergunta que persiste é por que o Brasil ainda não conseguiu iniciar conversas. Tentativas anteriores de aproximação, como as feitas pela embaixadora brasileira nos EUA, falharam, deixando o Brasil em uma posição delicada e isolada.
As tarifas impostas por Trump estão sob questionamento legal nos Estados Unidos, com um tribunal decidindo que muitas delas podem ser ilegais. Essa incerteza jurídica pode complicar ainda mais as negociações, enquanto o Brasil precisa encontrar seus próprios caminhos para lidar com as tarifas sem depender das disputas judiciais americanas. A situação atual exige que Lula encontre uma estratégia eficaz para retirar o nome de Bolsonaro da mesa de negociações e iniciar um diálogo produtivo com os EUA.