A 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres teve início na manhã desta segunda-feira (29) em Brasília, reunindo lideranças sociais e políticas para discutir avanços e desafios na promoção da igualdade de gênero. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou medidas adotadas desde seu primeiro mandato, como a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres e a aprovação da Lei da Igualdade Salarial, além do programa Dignidade Menstrual. Ele também lamentou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, classificando-o como uma tentativa autoritária de silenciar as vozes femininas.
Em pronunciamento por videoconferência, Dilma Rousseff relembrou que a abertura da 4ª Conferência foi seu último compromisso oficial antes do afastamento em 2016. Ela destacou a importância da resistência das mulheres frente aos retrocessos políticos e sociais, enfatizando que a igualdade de gênero é fundamental para um Brasil justo e soberano. A ministra das Mulheres, Marcia Lopes, reforçou que o evento representa um espaço de reconstrução e reafirmação da presença organizada das mulheres na política.
A conferência, que segue até 1º de outubro, é resultado de um processo democrático que envolveu conferências regionais e municipais ao longo do ano. Movimentos sociais, como a Marcha das Mulheres Indígenas, também participam ativamente, reforçando a diversidade e pluralidade das demandas femininas. O encontro visa traçar diretrizes para políticas públicas que enfrentem desigualdades, machismo, racismo e outras formas de opressão, fortalecendo a luta pelos direitos das mulheres no país.
