Em uma entrevista ao Jornal da Band, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que, se o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), optar por não considerar as provas contra Jair Bolsonaro, isso será um problema pessoal do magistrado. Lula enfatizou que existem inúmeras evidências que comprovam as tentativas de golpe de Bolsonaro, incluindo atos e discursos que ameaçaram a integridade do presidente eleito e do vice-presidente, além de Alexandre de Moraes.
Na ocasião da gravação da entrevista, a Primeira Turma do STF ainda não havia retomado o julgamento, que estava com placar de 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro e outros réus envolvidos na trama golpista. As acusações incluem crimes graves como golpe de Estado e organização criminosa armada. À noite, o colegiado decidiu por 4 votos a 1 condenar Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.
A condenação de Bolsonaro representa um marco significativo no cenário político brasileiro e levanta questões sobre a responsabilidade dos líderes políticos. A declaração de Lula reflete a tensão entre o Executivo e o Judiciário, além de destacar a importância das provas no processo judicial. O desdobramento deste caso poderá influenciar o futuro político do país e a percepção pública sobre a justiça.