O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (26) que o processo coletivo de indenização movido na Inglaterra para ressarcir as vítimas do rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, ‘não deu em nada’ por não ser ‘factível’. Durante um evento em Brasília, Lula anunciou a instalação de um conselho popular para fiscalizar a reparação dos danos, que administrará recursos do Novo Acordo do Rio Doce, totalizando R$ 170 bilhões, sendo R$ 49 bilhões provenientes do governo federal.
Lula destacou que os valores poderão ser aplicados em diversas áreas, como economia popular, segurança alimentar e educação. Ele também mencionou as dificuldades enfrentadas nas negociações com a Vale, ressaltando a importância de um acordo que, apesar das contestações, foi considerado excepcional. O presidente enfatizou que é crucial administrar os recursos de forma eficaz para evitar desvios e garantir que as comunidades afetadas recebam o suporte necessário.
O novo conselho será composto por 36 integrantes, divididos igualmente entre governo e sociedade civil. Além disso, foram assinados protocolos de intenção, incluindo um referente ao centro de referência das águas em Governador Valadares (MG), que visa promover a vigilância do território da Bacia do Rio Doce e fortalecer as capacidades locais de resposta. Lula reafirmou seu compromisso com a reparação e a recuperação da confiança das comunidades afetadas pelo desastre.