O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vê sua influência política crescer após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a mais de 27 anos de prisão. Durante esse período, ministros da federação União Progressista (UPb), que inclui o partido do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), continuam em seus cargos, desafiando as expectativas de uma reestruturação no governo. A situação se torna ainda mais complexa com a recente pesquisa do Datafolha, que mostra um aumento na aprovação de Lula, enquanto Caiado luta para consolidar sua posição como candidato à presidência da República.
A permanência dos ministros da UPb no governo Lula reflete a fragilidade da aliança da direita e as dificuldades enfrentadas por Caiado para unir suas lideranças. O senador Ciro Nogueira (PP) chegou a ameaçar expulsar os ministros, mas até agora não houve consequências. A situação é agravada pela percepção de que os membros da UPb estão mais preocupados em manter seus cargos do que em seguir uma agenda política coesa, o que dificulta a construção de uma candidatura forte contra Lula.
Com o fortalecimento de Lula e a desarticulação da oposição, as chances de Caiado se firmar como um candidato viável diminuem. O governador enfrenta desafios internos significativos e uma base política fragmentada, enquanto Lula aproveita a oportunidade para consolidar seu poder e neutralizar críticas à sua gestão. A dinâmica atual sugere que o cenário político brasileiro continuará a ser dominado por disputas internas na direita e pela crescente popularidade do presidente.