O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou ministros ligados ao Centrão a defenderem publicamente seu governo em meio a críticas de dirigentes partidários. A pressão se intensificou com o União Brasil exigindo que o ministro do Turismo, Celso Sabino, deixe o cargo, o que poderia oficializar o desembarque da sigla da base governista. Durante a segunda reunião ministerial do ano, realizada no Palácio do Planalto, Lula se reuniu com seu alto escalão para alinhar prioridades até 2026, enquanto discute cenários eleitorais com lideranças de outros partidos.
A situação se complica com a possibilidade de saída do União Brasil e do PP do governo, que controlam mais de 100 cadeiras na Câmara e cerca de 15 no Senado. Essa eventualidade pode dificultar ainda mais a aprovação de propostas de interesse do Planalto no Legislativo. Lula expressou descontentamento com as críticas públicas de Antonio Rueda, presidente do União Brasil, que questionou a eficácia da gestão petista e sua capacidade de atender às demandas sociais.
Com as eleições de 2026 no horizonte, Lula busca fortalecer sua base ao se reunir com líderes de partidos como PSD e MDB. A pressão sobre Celso Sabino e outros ministros reflete um clima tenso dentro da coalizão governista, enquanto o presidente tenta garantir apoio para enfrentar os desafios políticos e eleitorais que se aproximam. O futuro da governabilidade depende da habilidade do Planalto em manter a coesão entre os partidos aliados.