O governo brasileiro considera a Cúpula da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático), que ocorrerá no fim de outubro em Kuala Lumpur, Malásia, como uma oportunidade promissora para um encontro presencial entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. O evento é visto como um terreno neutro ideal para essa possível reunião, especialmente após um breve contato entre os líderes na sede da ONU, que durou apenas 39 segundos. Essa interação sinalizou uma evolução nas relações, que antes eram marcadas por hostilidades e críticas mútuas.
Assessores afirmam que um encontro em território neutro seria mais adequado do que uma visita à Casa Branca ou a Mar-a-Lago, residência de Trump na Flórida. A escolha do local permitirá um maior equilíbrio nas decisões sobre o formato do encontro, incluindo a presença de assessores e cobertura da imprensa. A ASEAN, composta por 10 nações do sudeste asiático, representa uma região de crescente interesse para o Brasil, que busca estreitar laços comerciais com países como Indonésia e Vietnã.
Especialistas em diplomacia ressaltam a importância do contato pessoal para o desenvolvimento de relações entre líderes, sugerindo que gestos como apertos de mão e conversas face a face são fundamentais. Embora uma videochamada ou telefonema possa ser uma estratégia inicial antes do encontro presencial, reconhecem que interações virtuais tendem a ser menos eficazes na construção de vínculos diplomáticos. O cenário se mostra promissor para um avanço nas relações entre Brasil e Estados Unidos.