Após o desfile do 7 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nas redes sociais que o Brasil é ‘independente e tem lado, o do povo brasileiro’. O evento, realizado na Esplanada dos Ministérios, teve a presença de ministros e autoridades do governo, mas os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) optaram por não comparecer, uma decisão vista como uma estratégia para evitar novas tensões institucionais. Durante a cerimônia, Lula enfatizou a mensagem de soberania nacional e patriotismo, em resposta à narrativa bolsonarista e ao recente tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A solenidade contou com a participação de cerca de 45 mil pessoas, superando o público do ano anterior. O governo utilizou a data para exaltar programas como o Novo PAC e a realização da COP30 no Brasil, que ocorrerá em Belém. A ausência dos ministros do STF foi interpretada como uma escolha calculada em meio à delicada relação entre a Corte e o bolsonarismo, especialmente após investigações sobre tentativas de golpe. Lula também fez um pronunciamento na televisão, onde criticou pressões externas e reafirmou que o Brasil não será colônia de ninguém.
As implicações desse evento são significativas para a política brasileira, especialmente em um momento em que discussões sobre anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro estão em andamento no Congresso. A presença de figuras políticas próximas ao presidente reforça a ideia de um governo alinhado em torno de suas bandeiras. No entanto, a ausência de líderes importantes e as manifestações contrárias durante o desfile indicam um cenário político ainda polarizado e repleto de desafios para a administração atual.