O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, atuou como orientador do filho, Rodrigo Fux, em seus trabalhos acadêmicos na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Rodrigo completou o mestrado em 2015 e o doutorado em 2022, ambos supervisionados pelo pai. No mestrado, ele defendeu a dissertação sobre o novo Código de Processo Civil, enquanto a tese de doutorado abordou a relação entre o Código e a Arbitragem Nacional.
Rodrigo Fux, atualmente professor adjunto de Teoria Geral do Processo na Uerj e sócio de um escritório de advocacia, fez menções pessoais ao pai em suas defesas. Embora não haja proibição formal sobre a orientação de parentes nas pós-graduações, especialistas alertam para riscos de impessoalidade e conflitos de interesse. A situação é ainda mais delicada devido à posição de Luiz Fux no STF e sua especialização na área de pesquisa do filho.
A Uerj declarou que não há restrições para esse tipo de orientação em seu regulamento. A atuação familiar de Fux já havia sido questionada anteriormente, como na nomeação da filha ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Recentemente, o nome do ministro voltou a ser destaque após seu voto pela absolvição de Jair Bolsonaro em um julgamento polêmico, aumentando as discussões sobre sua influência e decisões judiciais.