A Lufthansa, companhia aérea alemã, anunciou nesta segunda-feira (29) a redução de 4 mil cargos administrativos até 2030, em um esforço para avançar na automação, digitalização e uso de inteligência artificial. O grupo revelou seus planos estratégicos durante apresentação em Munique, com a meta de aumentar o lucro operacional ajustado para entre 8% e 10% da receita, superando a previsão anterior de 8%.
Além dos cortes, a empresa planeja a maior modernização de sua frota na história, com a aquisição de mais de 230 novas aeronaves até o fim da década, incluindo 100 para voos de longa distância. O grupo também pretende centralizar o controle das companhias aéreas sob sua administração, como Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines e a low cost Eurowings, além de expandir as áreas de logística e manutenção, esta última com foco no setor de defesa.
O sindicato Verdi criticou as medidas e afirmou que não aceitará cortes “às custas dos funcionários”, prometendo negociar na próxima rodada coletiva para evitar demissões compulsórias. O sindicato também apontou que as políticas ambientais e tributárias europeias pressionam negativamente o modelo de negócios da Lufthansa, ameaçando empregos locais. A empresa reafirmou seu compromisso com retornos sustentáveis e dividendos para acionistas.