O vice-presidente de finanças da Lojas Renner, Daniel Martins, revelou que a varejista enfrentará um segundo semestre desafiador em 2023, especialmente no terceiro trimestre, mas mantém uma visão positiva para o ano de 2026. Em entrevista à Reuters, Martins explicou que o clima quente em 2024 impactou as vendas de roupas de frio, levando os consumidores a adiar suas compras. Apesar do cenário macroeconômico complicado e da taxa Selic elevada, ele acredita que o quarto trimestre pode trazer resultados melhores.
Martins também ressaltou a importância de uma política de crédito restritiva e a necessidade de cautela na concessão de financiamentos, especialmente em um ambiente econômico incerto. A Lojas Renner planeja abrir entre 15 e 20 novas lojas neste ano, acelerando seu ritmo de expansão. Além disso, o CFO comentou sobre a crescente competição com a varejista sueca H&M, que recentemente inaugurou sua primeira loja no Brasil, e defendeu a isonomia tributária entre empresas nacionais e internacionais.
O executivo enfatizou que a Renner é uma empresa brasileira que entende o mercado local e questionou a capacidade da H&M de se adaptar ao público brasileiro. Ele também abordou a disparidade tributária entre as empresas nacionais e os marketplaces estrangeiros, destacando que essa diferença ainda precisa ser resolvida. Apesar dos desafios, Martins acredita que o cenário para 2026 pode ser mais favorável, com uma possível queda nas taxas de juros e um aumento na contribuição do crédito para as vendas.