O pesquisador Rafael Marques Garcia lançou o livro ‘A trajetória de mulheres trans pelo esporte brasileiro’, que aborda os desafios enfrentados por atletas trans no país. A obra, que reúne relatos de esportistas de vôlei, MMA e judô, destaca a falta de apoio e as dificuldades impostas por regras das federações, além do preconceito que ainda persiste no meio esportivo. Garcia, doutor em Educação Física pela UFRJ, enfatiza a necessidade de critérios mais inclusivos para permitir a participação dessas atletas em competições.
Em sua pesquisa, Garcia observa que o vôlei é uma modalidade onde as mulheres trans encontram maior aceitação, enquanto outras, como no MMA, enfrentam barreiras significativas. O autor critica a recente decisão do ex-presidente americano Donald Trump de restringir a participação de atletas trans em esportes femininos nos Estados Unidos, ressaltando o impacto negativo dessas políticas conservadoras na luta por inclusão e reconhecimento da identidade de gênero. Ele defende que cada atleta trans deve ter a liberdade de competir onde se sinta acolhida, desde que cumpra os requisitos estabelecidos.
A obra surge em um momento crítico, onde a visibilidade e os direitos das pessoas trans estão sob ameaça globalmente. Garcia busca preencher uma lacuna na pesquisa sobre o tema e utilizar sua posição acadêmica para promover discussões sobre inclusão no esporte. O livro não apenas documenta as experiências dessas atletas, mas também serve como um chamado à ação para que o esporte se torne um espaço mais acolhedor e justo para todos.