Um levantamento recente indica que a presença de mulheres como fontes nas notícias brasileiras é alarmantemente baixa, variando entre 19% e 24%, dependendo do meio de comunicação. Os dados foram apresentados na abertura do evento ‘Fazendo e Desfazendo Gênero’, realizado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), e fazem parte do Global Media Monitoring Project (GMMP), que monitora questões de gênero no jornalismo desde 1995. A pesquisa revela que, apesar de um crescimento lento na representação feminina, a situação permanece estagnada nos últimos 15 anos, refletindo desigualdades persistentes na cobertura jornalística. O levantamento brasileiro analisou 683 notícias e mostrou que as mulheres aparecem mais em temas relacionados a celebridades e artes, mas sua presença é significativamente menor em áreas como política e economia. Especialistas destacam a responsabilidade das empresas de comunicação em promover mudanças e sensibilizar jornalistas sobre a importância da equidade de gênero na cobertura noticiosa.