As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs) tiveram crescimento significativo nos fundos de investimento durante o primeiro semestre de 2025, conforme dados divulgados pela Anbima em 29 de setembro. O volume aplicado em LCIs aumentou 43,1%, alcançando R$ 17,3 bilhões, enquanto as LCAs cresceram 19,7%, totalizando R$ 13,7 bilhões. Esse avanço ocorre em meio à discussão no Congresso Nacional sobre a Medida Provisória 1.303/25, que pode acabar com a isenção do Imposto de Renda para esses títulos a partir de 2026.
Além das LCIs e LCAs, outros ativos isentos também apresentaram variações: as debêntures incentivadas subiram 6,5%, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) cresceram 9,6%, enquanto os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) recuaram 4%. No total, os gestores administravam R$ 540,3 bilhões ao final do semestre, um aumento de 7,1% em relação ao ano anterior. A superintendente de Representação da Anbima destacou que a diversificação das carteiras foi fundamental para o desempenho positivo diante dos desafios econômicos domésticos e internacionais.
A possível tributação dos LCIs e LCAs gerou uma corrida dos investidores para aproveitar a isenção vigente em 2025, o que reduziu os spreads desses títulos devido à maior demanda no mercado primário e secundário. Analistas apontam que essa movimentação impacta diretamente as estratégias dos fundos, especialmente os de infraestrutura que investem em debêntures incentivadas. O mercado financeiro deve acompanhar atentamente as decisões legislativas para ajustar suas carteiras conforme as novas regras fiscais previstas.