A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão da estudante de veterinária Beatriz Leão Montibeller Borges, de 25 anos, durante audiência de custódia realizada no último domingo. Beatriz é investigada por associação ao tráfico de drogas no Paraná e foi detida em um apartamento em Jacarepaguá, onde estava foragida desde março. Segundo as autoridades, ela namora um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado. A defesa afirma que a jovem é inocente e que já há um habeas corpus pendente no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados sustentam que o relacionamento com o homem citado pela polícia já terminou e que os pagamentos encontrados em seu nome não provam participação em atividades criminosas. A defesa ainda contesta a caracterização do apartamento como de luxo, esclarecendo que se tratava de uma hospedagem temporária pelo Airbnb. O delegado Thiago Andrade, por sua vez, argumenta que Beatriz tinha influência sobre as compras realizadas pela quadrilha e que seu estilo de vida luxuoso era financiado pelo namorado, envolvido com o crime organizado. O caso levanta questões sobre a presunção de inocência e o impacto da cobertura midiática na percepção pública.