A Justiça Eleitoral do Ceará negou o pedido de prisão do ex-ministro Ciro Gomes, alvo de uma ação do Ministério Público por violência política de gênero contra a prefeita de Crateús, Janaína Carla Farias. A decisão foi tomada pelo juiz Victor Nunes Barroso, da 115ª Zona Eleitoral de Fortaleza, neste domingo (14). Embora a prisão tenha sido rejeitada, o juiz impôs restrições a Ciro Gomes, proibindo-o de fazer ofensas ou menções injuriosas à prefeita, com multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
O processo contra Ciro Gomes teve início em julho de 2024, após declarações polêmicas do ex-ministro sobre Janaína Farias, que na época ocupava o cargo de senadora. O juiz considerou que a proibição de menções à prefeita em qualquer contexto público seria uma medida cautelar mais adequada do que a prisão. A decisão reflete a crescente preocupação com a violência política de gênero no Brasil e as medidas necessárias para proteger as mulheres na política.
A Advocacia do Senado, que defende Janaína Farias no processo, solicitou a prisão, mas o juiz optou por uma abordagem menos severa. A Agência Brasil aguarda um retorno da defesa de Ciro Gomes sobre a decisão. O caso poderá ter desdobramentos significativos na discussão sobre a violência política e os direitos das mulheres no cenário eleitoral brasileiro.