A Justiça da Paraíba determinou a soltura de cinco policiais militares investigados pela morte de cinco jovens durante uma operação no Conde, em fevereiro deste ano. Apesar da liberação, a Justiça impôs medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e o afastamento do serviço operacional. As investigações apontam indícios de homicídio por parte dos policiais, que alegam ter agido em legítima defesa contra um grupo armado que planejava um ataque em vingança por um feminicídio recente na região.
Os policiais foram presos em agosto, após a operação que resultou na morte dos jovens, cujas idades variavam entre 17 e 26 anos. A defesa dos investigados sustenta que os jovens estavam armados e que a ação policial foi uma resposta a uma ameaça iminente. No entanto, a falta de perícia adequada no local do crime levanta questionamentos sobre a legitimidade da ação policial e a possibilidade de excessos durante a operação.
O caso gerou protestos na comunidade e levantou preocupações sobre a atuação da polícia na Paraíba, especialmente em situações envolvendo jovens e minorias. As medidas cautelares impostas pela Justiça visam garantir a segurança das vítimas e testemunhas enquanto as investigações prosseguem, refletindo a complexidade do caso e suas implicações para a confiança pública nas forças de segurança.