Na segunda-feira (29), as taxas de juros futuros no Brasil registraram alta após a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indicaram a criação de 147.358 vagas formais em agosto, número inferior às expectativas do mercado. A taxa do DI para janeiro de 2028 atingiu 13,38%, refletindo a reação dos investidores à leitura considerada moderada da geração de empregos.
Durante a manhã, as taxas oscilaram em baixa diante da expectativa de resultados piores, mas após a divulgação oficial, o mercado mudou o posicionamento, elevando as taxas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçaram em eventos em São Paulo o compromisso com as metas fiscais para 2025 e 2026 e destacaram que ainda há esforço necessário para alcançar a meta de inflação de 3%.
O movimento das taxas ocorre apesar da queda dos rendimentos dos títulos americanos (Treasuries), influenciados por preocupações sobre uma possível paralisação do governo dos EUA. O mercado brasileiro precifica agora 100% de chance de manutenção da Selic em 15% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), demonstrando cautela diante das incertezas econômicas internas e externas.