O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus, acusados de participação na chamada trama golpista, começou nesta terça-feira, 2 de setembro, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão foi interrompida por volta das 17h55 e será retomada na quarta-feira, 3, com as sustentações das defesas. Entre os réus estão ex-ministros e militares que integraram o núcleo próximo ao ex-presidente, como Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira.
Na abertura da sessão, o relator Alexandre de Moraes apresentou o relatório da ação penal, que abrange todas as etapas do processo. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação dos réus, enquanto as defesas argumentaram contra as acusações, alegando falta de provas e questionando a validade de documentos apresentados. O julgamento está agendado para oito sessões, com a votação sobre condenação ou absolvição prevista para os próximos encontros.
As acusações contra os réus incluem crimes graves como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão. O caso é um marco importante na política brasileira e reflete tensões em torno da democracia no país. A continuidade do julgamento poderá ter implicações significativas para o futuro político de Bolsonaro e seus aliados.