O julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) começou em 9 de setembro e investiga sua suposta tentativa de golpe de Estado, envolvendo outros sete réus. Entre os acusados estão ex-ministros e membros das Forças Armadas, que negam as acusações. A Primeira Turma do STF, composta por ministros como Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, analisará a possibilidade de embargos de declaração ou infringentes, embora a absolvição seja considerada improvável por aliados do ex-presidente.
O ponto central do julgamento é um plano golpista que, segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), visava reverter o resultado das eleições, contrariando a Constituição. A situação se agrava com o fato de que a investida não avançou devido à recusa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica em apoiar Bolsonaro. Este processo pode estabelecer um precedente histórico ao possibilitar a prisão de integrantes das Forças Armadas por atentados à democracia.
As implicações políticas são significativas, especialmente para a campanha presidencial de 2026. O atual presidente Lula tem utilizado o julgamento para criticar seu antecessor e destacar rivais políticos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A tensão entre governo e oposição deve aumentar à medida que o julgamento avança, refletindo um clima político conturbado no Brasil.