Os mercados financeiros globais estão sob intensa observação nesta semana, impulsionados por dados de inflação que serão divulgados tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O IPCA brasileiro referente a agosto e o CPI americano são os principais indicadores esperados, mas o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por sua suposta participação em uma trama golpista tem se tornado o foco central das atenções dos investidores. Enquanto isso, a política nos EUA também influencia as expectativas, com a decisão do Fed sobre juros parecendo cada vez mais próxima.
A situação econômica nos dois países apresenta sinais de desaceleração, com o Brasil enfrentando um PIB em queda e previsões de inflação se acomodando. Nos Estados Unidos, a criação de apenas 22 mil postos de trabalho sugere um mercado de trabalho em desaceleração, o que pode levar o Banco Central americano a cortar juros na próxima reunião. Apesar da turbulência política, os mercados amanheceram otimistas, com os futuros americanos e as bolsas europeias apresentando alta, enquanto o EWZ, que representa ações brasileiras em Nova York, inicia o dia em baixa.
As implicações desse cenário são profundas, pois a intersecção entre política e economia pode moldar as decisões de investimento nos próximos dias. O julgamento de Bolsonaro e a instabilidade política na França também refletem um clima global de incerteza que pode impactar a confiança dos investidores. Com uma agenda econômica fraca, as movimentações políticas se tornam ainda mais relevantes para a análise do mercado financeiro.