A juíza associada da Suprema Corte dos Estados Unidos, Amy Coney Barrett, destacou a desconexão entre a percepção pública da Corte e seu funcionamento real durante uma entrevista ao programa ‘Special Report’. Em sua conversa com o âncora Bret Baier, Barrett, que foi nomeada por Donald Trump em 2020, anunciou seu novo livro, ‘Listening to the Law: Reflections on the Court and Constitution’, que busca responder às perguntas comuns que recebe sobre o tribunal. Ela afirmou que não pode responder a todas as indagações individualmente, mas espera que o livro sirva como um recurso para aqueles interessados em entender melhor o funcionamento da Corte.
Barrett enfatizou que suas decisões judiciais não são influenciadas pela popularidade e reiterou sua filosofia originalista ao abordar críticas à decisão Dobbs, que reverteu o direito constitucional ao aborto. Segundo ela, a decisão não torna o aborto ilegal, mas devolve a questão ao processo político. A juíza também comentou sobre sua fé católica e como todos os juízes devem colocar de lado suas crenças pessoais ao tomar decisões judiciais, independentemente de suas convicções morais.
O livro de Barrett, que explora em detalhes os processos da Corte e as relações entre os juízes, será lançado na terça-feira, 9 de setembro. Com essa obra, ela busca esclarecer mal-entendidos sobre o papel da Suprema Corte e promover um diálogo mais profundo sobre a Constituição e suas implicações nas decisões judiciais.