Uma juíza federal dos Estados Unidos, Allison Burroughs, decidiu que os cortes de R$ 16,3 bilhões em verbas de pesquisa da Universidade Harvard, determinados pelo governo de Donald Trump, foram ilegais. A decisão, proferida em 3 de setembro de 2025, rejeita a justificativa do governo de que os cortes eram motivados por antissemitismo no campus. Burroughs enfatizou a importância de proteger a liberdade de expressão e destacou que Harvard está comprometida em combater o antissemitismo sem abrir mão de seus direitos constitucionais.
O congelamento das verbas ocorreu em meio a uma série de medidas do governo Trump contra instituições de ensino e estudantes internacionais. Harvard foi a única universidade a processar o governo federal após o bloqueio, afirmando que não se renderia à pressão e que as exigências da Casa Branca violavam a Primeira Emenda da Constituição. Outras universidades também enfrentaram cortes significativos, como a Universidade Columbia, que perdeu R$ 2,3 bilhões sob alegações semelhantes.
A decisão da juíza pode ter implicações significativas para a relação entre o governo federal e as universidades, especialmente em um contexto onde a liberdade acadêmica e os direitos dos estudantes internacionais estão sob crescente escrutínio. A administração Trump já havia tentado revogar vistos de estudantes internacionais e aumentar a fiscalização sobre candidatos da China e Hong Kong. A luta contra o antissemitismo e a proteção dos direitos constitucionais permanecem temas centrais neste debate.