Uma juíza federal dos Estados Unidos decidiu, em 3 de setembro de 2025, que o governo do ex-presidente Donald Trump não pode encerrar subsídios à Universidade Harvard, que somam cerca de US$ 2,2 bilhões. A juíza Allison Burroughs, em sua decisão proferida em Boston, considerou que a administração violou os direitos de liberdade de expressão da instituição, assegurados pela 1ª Emenda da Constituição. A magistrada proibiu o governo de realizar cortes em financiamentos federais e bloqueou a continuidade da retenção de pagamentos em subsídios existentes.
A decisão de Burroughs foi motivada por alegações de que o governo havia cancelado subsídios sob a justificativa de que Harvard não fez o suficiente para combater o assédio a estudantes judeus. Em resposta, Harvard processou o governo, afirmando que as ações eram uma retaliação por não atender às exigências ideológicas do governo. A porta-voz da Casa Branca, Liz Huston, criticou a decisão e anunciou que o governo irá recorrer, chamando-a de ‘ultrajante’ e afirmando que Harvard não tem direito a dólares dos contribuintes.
O presidente de Harvard, Alan Garber, elogiou a decisão como uma validação da liberdade acadêmica e dos princípios do ensino superior nos Estados Unidos. A disputa destaca as tensões entre instituições acadêmicas e a administração Trump, especialmente em questões relacionadas à liberdade de expressão e financiamento público. O desdobramento desse caso pode influenciar futuras políticas governamentais sobre financiamento educacional e a relação entre universidades e o governo federal.