Um juiz federal dos Estados Unidos suspendeu temporariamente a demissão de mais de 500 funcionários da Voice of America (VoA), determinada pela administração do ex-presidente Donald Trump. A decisão, proferida em 30 de setembro de 2025, impede que as rescisões entrem em vigor até que o tribunal analise os novos processos legais apresentados. A medida judicial ocorre após uma liminar preliminar emitida em abril, que considerou as ações da Agência dos EUA para Mídia Global (USAGM) arbitrárias e ilegais.
Kari Lake, conselheira sênior da USAGM, liderava o esforço para desmantelar a estrutura da VoA, alegando a necessidade de reduzir uma burocracia excessiva. No entanto, o juiz distrital Royce Lamberth apontou que não há um plano adequado para cumprir a liminar anterior e restaurar a programação da emissora, criada durante a Segunda Guerra Mundial para promover a democracia e combater a propaganda estrangeira. A VoA é parte da USAGM, que também inclui outras entidades como Radio Free Europe e Radio Free Asia.
A decisão judicial reforça a proteção legal da VoA contra interferências políticas e mantém seu papel como instrumento de soft power americano. O caso evidencia o conflito entre independência editorial e controle governamental, especialmente diante das críticas do ex-presidente Trump à cobertura da emissora. Novos processos legais estão agendados para o próximo mês, mantendo o tema sob análise judicial.