Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, confirmou sua saída do Partido dos Trabalhadores (PT), onde militou por mais de uma década. Em entrevista à Carta Capital, publicada no último domingo (28), ele revelou que está em negociações avançadas com o MDB e o PDT para uma possível candidatura ao Senado em 2026. Prates destacou que sua decisão não está relacionada à sua demissão da Petrobras em maio de 2024, mas sim à falta de espaço para discussões internas no partido no Rio Grande do Norte.
O ex-senador criticou a condução partidária do PT, afirmando que as candidaturas foram decididas sem consulta às bases. Ele enfatizou a importância de um processo participativo na escolha de candidatos, algo que, segundo ele, não ocorreu. Prates planeja sua saída em três etapas: despedir-se do partido, escolher uma nova legenda e discutir uma eventual candidatura. Ele ressaltou que não busca um mandato por necessidade, mas por paixão pela política.
Além disso, Prates expressou preocupações sobre a gestão da política energética no Brasil, atribuindo sua saída da Petrobras a divergências com os ministros de Minas e Energia e da Casa Civil. Ele descreveu a atual situação como um ‘caos total’ e criticou a falta de planejamento e integração no setor. O ex-presidente da estatal também questionou decisões recentes sobre investimentos em energia eólica e etanol, sugerindo que a Petrobras deveria focar em tecnologias mais inovadoras e sustentáveis.