O ator espanhol Javier Bardem fez um protesto em apoio à Palestina durante o tapete vermelho do Emmy, realizado em Los Angeles no dia 14 de setembro de 2025. Bardem, indicado como Melhor Ator Coadjuvante pela série ‘Monstros: Irmãos Menendez – Assassinos dos Pais’, se uniu a um grupo de 1.500 artistas que se comprometeram a não trabalhar com instituições israelenses, classificando a situação na Faixa de Gaza como ‘genocídio’. Ao cruzar o tapete vermelho usando um keffiyeh, ele declarou à revista Variety que não pode trabalhar com quem justifica ou apoia tal violência.
A declaração de Bardem ocorre em um contexto de crescente tensão no Oriente Médio, onde mais de 40 pessoas morreram na Faixa de Gaza no mesmo dia do Emmy, em bombardeios israelenses. O ator enfatizou que a iniciativa, organizada pelo grupo FWP (Film Workers for Palestine), visa responsabilizar empresas cinematográficas que apoiam o que ele considera genocídio e apartheid contra os palestinos. Entre os signatários estão nomes renomados como Joaquin Phoenix e Pedro Pascal, refletindo uma mobilização significativa na indústria do entretenimento.
A reação à iniciativa foi rápida, com a API (Associação de Produtores Israelenses) chamando-a de ‘profundamente equivocada’, enquanto a Paramount defendeu a liberdade criativa dos artistas. O conflito em Gaza, intensificado por uma ofensiva israelense após um ataque do Hamas em outubro de 2023, já resultou em um desastre humanitário sem precedentes, com milhares de mortos e milhões deslocados. A declaração de Bardem destaca a interseção entre arte e política em tempos de crise.