O Itaú BBA anunciou uma revisão nas projeções para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), cortando o preço-alvo de R$ 25 para R$ 23. A decisão reflete preocupações com a pressão contínua sobre o custo do crédito, que se estende além do setor agropecuário, e a expectativa de lucros pressionados nos próximos trimestres. A equipe de analistas, liderada por Pedro Leduc, enfatiza a necessidade de cautela, uma vez que a visibilidade dos lucros permanece baixa, mesmo para os investidores mais otimistas.
Os analistas do Itaú BBA apontam que as margens do produtor rural não melhoraram e que o crédito se tornou mais caro, resultando em um aumento no risco de inadimplência. Eles também destacam que a carteira de crédito renovada apresenta um risco significativo, com uma grande parcela dos créditos podendo se tornar inadimplentes se não fossem renegociados. A previsão é de que as pressões sobre o custo do crédito persistam, afetando tanto o setor agropecuário quanto as pequenas e médias empresas.
As implicações dessa revisão são significativas, pois o Banco do Brasil pode enfrentar desafios adicionais em sua carteira de crédito, especialmente com a desaceleração econômica prevista. O Itaú BBA espera que o banco precise aumentar as provisões para inadimplência nos próximos anos, o que pode impactar negativamente seus resultados financeiros. Com isso, a recomendação é de manter uma abordagem cautelosa em relação às ações do BB, enquanto o cenário econômico continua incerto.