Israel lançou nesta terça-feira (16) a fase principal de sua ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, ampliando ataques aéreos, navais e incursões de tanques. As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam que a operação visa eliminar até 3 mil combatentes do Hamas ainda presentes na cidade. O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou em redes sociais que “Gaza está queimando” e que as tropas estão focadas em destruir a infraestrutura do grupo e criar condições para a libertação dos reféns.
De acordo com autoridades locais de saúde, pelo menos 40 pessoas morreram nas primeiras horas da ofensiva, enquanto testemunhas relataram explosões em bairros como Tel Al-Hawa. A IDF planeja expandir a operação conforme a avaliação do cenário e pretende cercar Gaza City em poucos dias. Estima-se que cerca de 350 mil pessoas já tenham fugido da região, mas muitos civis ainda permanecem sem recursos ou locais seguros para onde ir.
A ofensiva ocorre em meio a forte pressão internacional, com diversos governos pedindo a suspensão dos ataques devido ao risco humanitário. A ONU estima que mais de 64 mil palestinos foram mortos desde outubro de 2023 e confirmou uma situação de fome em Gaza. Um inquérito da ONU concluiu que Israel cometeu genocídio contra a população local, uma acusação que foi rejeitada por autoridades israelenses. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, durante visita à região, defendeu que o Hamas deve se desarmar e libertar os reféns, sob pena de sofrer uma ofensiva militar.