Israel está avaliando a possibilidade de anexar partes da Cisjordânia ocupada, em retaliação ao reconhecimento do Estado palestino por diversas nações europeias, incluindo França, Austrália e Reino Unido. As opções em discussão variam desde a anexação de assentamentos específicos até a incorporação da Área C, que abrange 60% do território sob controle israelense. Entre as áreas em análise, destaca-se o Vale do Jordão, considerado estratégico para a segurança nacional israelense.
As autoridades israelenses afirmam que há um consenso público em favor dessa medida, que poderia ser mais aceitável para a comunidade internacional, especialmente para os Estados Unidos. No entanto, figuras da extrema-direita, como os ministros Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir, defendem uma abordagem maximalista, buscando a soberania israelense sobre todos os territórios não habitados por palestinos. A anexação parcial poderia cercar centros populacionais palestinos e comprometer a viabilidade de um futuro Estado contíguo.
Além da possível anexação, Israel também considera implementar sanções contra a Autoridade Palestina. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, já informou o secretário de Estado dos EUA sobre esses planos. Essa situação se agrava com a decisão americana de negar vistos a representantes palestinos na ONU, onde o presidente francês, Emmanuel Macron, deve anunciar o reconhecimento da França ao Estado palestino.