Em uma ação inédita nesta terça-feira (9), o Exército de Israel realizou um ataque direcionado a líderes do Hamas baseados em Doha, Catar. O bombardeio, que envolveu mais de 10 caças e disparou mais de 10 munições, resultou na morte de cinco membros do grupo, que conduz negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A operação foi condenada pela comunidade internacional como uma violação da soberania do Catar.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu a operação como uma medida justificada e uma possível porta para o fim da guerra, embora não tenha detalhado como isso poderia ocorrer. Em contrapartida, o sheik Mohammed bin Jassim Al-Thani, primeiro-ministro do Catar, afirmou que o país tem o direito de responder à ofensiva e classificou o ataque como ‘terrorismo de Estado’. O Catar, que não mantém relações diplomáticas oficiais com Israel, tem atuado como mediador nas negociações entre o Hamas e os israelenses.
A repercussão do ataque foi ampla, com países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Turquia e Egito se manifestando contra a ação israelense. A União Europeia e o secretário-geral da ONU, António Guterres, também condenaram o ataque. Apesar das alegações de Israel de que agiu de forma independente, fontes afirmam que os Estados Unidos teriam avisado o Catar antes da ofensiva, o que foi negado pelas autoridades catarianas.