A irmã da bióloga carioca Flávia Vasconcelos de Mello, de 36 anos, que morreu atropelada em Portugal na última quinta-feira (25), embarcou para a Europa para iniciar os trâmites legais necessários ao traslado do corpo ao Brasil. Amigos e familiares organizaram uma vaquinha online que arrecadou mais de R$ 120 mil para custear o repatriamento. O velório está previsto para ocorrer no Rio de Janeiro, com a presença dos pais e das irmãs da cientista.
Flávia vivia em Portugal para realizar um pós-doutorado no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em parceria com o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (Mare). Sua pesquisa focava nos efeitos da poluição em ecossistemas aquáticos, com destaque internacional por estudos sobre poluentes orgânicos persistentes em aves marinhas da Antártida. A cientista acumulava prêmios e reconhecimento por sua contribuição à ecotoxicologia e à saúde ambiental.
A morte da pesquisadora mobilizou a comunidade científica e seus familiares, que receberam apoio e homenagens, inclusive no estádio do Maracanã. O caso também expõe as dificuldades burocráticas enfrentadas para repatriar corpos em situações internacionais, além de ressaltar o impacto da perda para a ciência brasileira e o meio acadêmico.