Nos últimos dias, pelo menos duas pessoas morreram em decorrência de intoxicação por metanol nas cidades de São Paulo e São Bernardo do Campo, na região metropolitana. Outros dez casos estão sendo investigados pelo Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, que suspeita da adulteração de bebidas alcoólicas como gim, whisky e vodka comercializadas em bares e adegas.
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é uma substância industrial altamente tóxica e inflamável, utilizada principalmente na indústria química. Segundo especialistas, o metanol não possui cheiro ou sabor característico, o que dificulta sua identificação nas bebidas adulteradas. A ingestão pode causar sintomas iniciais semelhantes à embriaguez, evoluindo para náuseas, vômitos e graves danos ao sistema nervoso central, incluindo perda irreversível da visão.
Diante da gravidade dos casos, a Associação Brasileira de Neuro-oftalmologia alerta para a urgência no atendimento médico para evitar sequelas permanentes. A Secretaria da Saúde de São Paulo recomenda que consumidores adquiram apenas bebidas com procedência comprovada, rótulo e selo fiscal, além de orientar estabelecimentos a fiscalizarem rigorosamente seus fornecedores para prevenir novos casos de intoxicação.