O Judiciário brasileiro tem recorrido cada vez mais à inteligência artificial para lidar com o elevado número de processos em tramitação. Atualmente, o país registra mais de 76 milhões de ações judiciais ativas. No Supremo Tribunal Federal (STF), são recebidos cerca de 80 mil novos casos por ano, um volume dez vezes maior que o da Suprema Corte dos Estados Unidos.
Entre as ferramentas utilizadas está o sistema MARIA, desenvolvido pela equipe técnica do STF, e o Harvey, criado por uma startup norte-americana especializada em inteligência artificial jurídica. Essas tecnologias têm contribuído para que juízes encerrem mais ações em menor tempo, ao mesmo tempo em que advogados protocolam um número crescente de processos.
O avanço da inteligência artificial no Judiciário brasileiro traz a perspectiva de maior eficiência na análise e decisão dos casos, mas também evidencia o desafio de administrar o aumento contínuo do volume de litígios. A adoção dessas ferramentas pode transformar a dinâmica judicial, impactando diretamente o acesso à justiça e a qualidade das decisões.