Romário Gil de Sousa Nascimento, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso por subornar um servidor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para obter informações sigilosas sobre mandados de prisão. A negociação envolveu uma advogada que intermediava o pagamento de R$ 50 ao servidor, que acabou suspenso por 90 dias. Romário, que cumpre pena no Presídio Estadual de Formosa (GO), é acusado de liderar uma série de ataques contra o Comando Vermelho em Caldas Novas (GO), resultando em pelo menos 12 mortes confirmadas pela Polícia Civil de Goiás.
As investigações indicam que Romário atuava como executor do PCC e responsável pela disciplina na facção Amigos do Estado (ADE), aliada ao PCC em Goiás. Ele ordenava homicídios contra rivais e comemorava os assassinatos em mensagens interceptadas pela polícia. Em julho de 2023, ele foi mandante do assassinato de um homem em Caldas Novas e tentou forjar provas para evitar sua prisão no Distrito Federal, onde também feriu uma pessoa durante uma disputa por um lote irregular em Sobradinho.
O caso revelou a infiltração do crime organizado em órgãos públicos e a cooperação entre facções criminosas. A advogada e o servidor envolvidos foram presos na Operação Temis, mas respondem ao processo em liberdade. Romário será julgado pelo Tribunal do Júri no Distrito Federal pela tentativa de homicídio. O TJDFT reforçou medidas disciplinares e investiga o caso para evitar novas ocorrências semelhantes.