A Polícia Civil de Boituva (SP) finalizou o inquérito referente à queda de um avião que vitimou dois paraquedistas em 11 de maio de 2022. O relatório indica falha no motor da aeronave e problemas na manutenção dos cintos de segurança, sugerindo que o uso inadequado do manete de potência pelo piloto pode ter sido um fator determinante para o acidente. Além disso, a investigação revelou que a falta de manutenção adequada contribuiu para a gravidade das lesões sofridas pelos passageiros durante o impacto.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já havia identificado que o mau funcionamento do motor poderia estar relacionado ao uso incorreto do manete durante treinamentos de emergência. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que todos os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal foram analisados, e as diligências determinadas pelo Ministério Público foram cumpridas. O caso, no entanto, permanece em segredo de Justiça, sem prazos definidos para eventuais denúncias ou arquivamentos.
As imagens capturadas pelas câmeras dos capacetes dos paraquedistas durante o acidente foram fundamentais para a elaboração do relatório, que detalha a dinâmica da queda e as condições da aeronave. Com a conclusão do inquérito, as implicações legais podem se desdobrar, afetando não apenas os envolvidos diretamente, mas também levantando questões sobre a segurança das operações de salto em Boituva e a responsabilidade das instituições envolvidas na manutenção da aeronave.