A inflação nos Estados Unidos registrou um aumento significativo em agosto, alcançando 2,9%, o maior nível desde janeiro, de acordo com dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Departamento do Trabalho. Este crescimento no índice de preços ao consumidor (IPC) foi impulsionado por tarifas aduaneiras implementadas pelo presidente Donald Trump, que afetam a economia americana. Embora o aumento esteja alinhado com as expectativas dos analistas, muitos acreditam que isso não impedirá o Federal Reserve de reduzir as taxas de juros na próxima reunião programada para os dias 16 e 17 de setembro.
O IPC subiu 0,4% em agosto em comparação com julho, quando teve um aumento de 0,2%. O indicador de inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, também apresentou um crescimento de 3,1% em 12 meses. Julie Kozack, porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou sobre tensões emergentes na economia dos EUA, citando uma diminuição da demanda e desaceleração no crescimento do emprego. As autoridades do Fed estão avaliando a possibilidade de cortar as taxas de juros para estimular a economia diante do enfraquecimento do mercado de trabalho.
O aumento da inflação coincide com a alta nos preços de alimentos, energia e moradia, refletindo os impactos das tarifas impostas por Trump a diversos parceiros comerciais. Economistas alertam que os efeitos dessas tarifas podem demorar a se manifestar plenamente para os consumidores, uma vez que muitas empresas têm ampliado seus estoques para evitar aumentos imediatos nos preços. A próxima reunião do Fed será crucial para determinar a direção da política monetária americana em um cenário econômico incerto.